Um grande Salve a Meu Irmão e Primo Romulo Paiva.

Essa vida e temporária ninguém saber o dia de amanhã por isso tomemos como exemplo a vida desse Pai, Filho, Amigo e meu Irmãozinho como exemplo um pessoa que souber vive a vida com toda a simplicidade um grande Paraense e Brasileiro como milhares que existem neste Pais, e que falta na nossa política e no nosso dia –a –dia.

Romulo Paiva que Deus na sua infinita misericórdia te conceda esta ao lado dele tenho certeza por tudo que você Fe e deixo de exemplo que a nossa amizade seja eterna.

A minha família que Deus der força e superação e contem sempre comigo e com Nossa senhora de Nazaré e meu santo São Jorge.

Fica aqui nossa justa homenagem pela amizade amor e dedicação:

Amizade não é cobrança, é confiança. Amizade não se define com palavras, se define com emoção.
Amizade não te leva a sofrer, não decepciona...
Amizade traz carinho, afeto, amor.
Amizade não se mostra só em um sorriso, e sim nas lágrimas.
Amizade não é feita só de momentos bons,
mas sim de momentos difíceis que a gente divide.
Amizade não começa por acaso, é destino.
Amizade se descobre todo momento, nas pequenas coisas.
Amizade não está perto somente quando você precisa, porque está perto sempre.
Amizade não engana, não finge,
não desaparece, não deixa de existir.
Amizade sempre cresce, ela é parte de nossas vidas, é o que nos completa no caminho.
 Amizade não é sentimento finito, é eterna.
Amizade começa antes mesmo de nos conhecermos em carne e osso, ela é do Espírito.
Amizade não termina com a morte, ela renasce pra ser ainda mais forte...
Nunca pense que perdeu uma amizade, pois se perdeu não era amizade.

E também uma mensagem de conforto:

Se cada um de nós vai morrer um dia, então o mais importante é ter a segurança de entrar a salvo na morte. Se temos ou não temos medo de morrer, não precisamos temer a morte se nossos pecados estão perdoados através da fé em Jesus Cristo. Você deseja conhecer o Deus vivo? Você deseja reconhecer o seu pecado diante d’Ele e receber Seu Filho? Se assim for, recomendamos-lhe a seguinte oração:

Senhor Jesus, eu reconheço humildemente que tenho pecado em meus pensamentos, palavras e ações, que sou culpado de fazer o mal deliberadamente, que meus pecados têm me separado da Tua Santa presença e que não tenho esperança de recomendar-me a Ti.

Eu creio firmemente que morreste na cruz por meus pecados. AMÈM.

Familia: Issis, Camila è meu camarada Lucas Gomes.

Ex- governadora ,prefeitos e deputados participaram da festa de 60 anos de Paulo Rocha


O presidente de honra do PT e ex-deputado federal Paulo Rocha comemorou 60 anos de vida na noite de sexta-feira, 1 de abril. Cerca de três mil pessoas prestigiaram o evento, entre lideranças políticas, deputados, prefeitos, empresários e familiares de Paulo Rocha. O cantor Haroldo Reis abriu a noite, seguido do show da banda Renato e Seus Blue Caps. Encerrando a comemoração, subiram ao palco a bateria e as mulatas da Escola de Samba Rancho Não Posso me Amofiná.
Paulo Rocha em seu discurso falou da importância das mudanças pelas quais o Brasil vem passando nos últimos anos através das políticas públicas iniciadas pelo governo Lula e continuadas pela presidente Dilma Rousseff. Falou também que tais mudanças são fruto da luta travada pela geração da qual ele faz parte, denominada pelo ex-deputado como sofrida, mas vitoriosa.

Fundador do PT no Pará Avelino Ganzer foi à AABB abraçar Paulo Rocha. A festa contou com inúmeros parlamentares, como os deputados federais do PT de São Paulo, José Mentor e Devanir Ribeiro. Também estiveram na comemoração os deputados federais do Pará, Zé Geraldo e Beto Faro, do PT, e José Priante, do PMDB.
Onze prefeitos participaram da festa, Saci (Baião), Roberto Pina (Igarapé Miri), Maria do Carmo (Santarém), Fernando Cruz (Curuçá), Álvaro Xavier (Conceição do Araguaia), Maurino Magalhães (Marabá), Elias Santiago (Concórdia do Pará), Iran Lima (Moju), Marcelo Pamplona (Santa Cruz do Arari), Getúlio Brabo (Gurupá) e Pedro Paulo Boulhosa (Ponta de Pedras).
Os vereadores Adalberto Aguiar, Otávio Pinheiro, Alfredo Costa e Marquinho, todos do PT, assim como os deputado Carlos Bordalo e Zé Maria, do PT, e Nilma Lima, do PMDB, também foram abraçar o ex-deputado Paulo Rocha.

Participaram ainda o procurador Regional da República, do Ministério Público Federal, Franklin Rodrigues da Costa; a presidente da CUT, Miriam Andrade; a juíza federal do Trabalho, Edilene Franco, e o presidente do PT, João Batista. Délio Mutran e sua esposa, Beta Mutan; José Diamantino, da Revemar, estavam entre os inúmeros empresários presentes à comemoração.


Fonte:
Eliete Ramos, jornalista 
Da Assessoria de Comunicação do Escritório Paulo Rocha

Deputado vê maldição na África e podridão em gays, esse deputado também e uma vergonha .

Deputado vê maldição na África e podridão em gays

Divulgação
Jair Bolsonaro (PP-RJ) não está só. O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) despejou no twitter frases que convertem o inaceitável em inacreditável.
Coisas assim: “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato...”
Ou assim: “A maldição que Noé lança sobre seu neto, Canaã, respinga sobre continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!”
Mais ainda: “A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime, à rejeição”.
Os comentários correram a web. Houve pronta reação. Internautas inconformados trovejaram mensagens no microblog do deputado.
Muitos o compararam a Bolsonaro. E ele: “Quanto ao deputado Bossonaro, não sei o que ele falou. Eu falo por mim e respondo por mim e apenas por mim”.
Tacharam-no de racista. E Feliciano: “Repudio, e espero retratação dessa banda podre que permeia o twitter! Eu seria contra a minha mãe caso fosse racista!”
Qualificaram-no de homofóbico. E o deputado: “Bora cristãos! [...] Retuitem isso: Amamos os homossexuais mas abominamos suas práticas promíscuas!”
Como a reação não cessou, Feliciano, que se apresenta como pastor da igreja Assembléia de Deus, produziu um texto maior.
Pendurou-o no sítio que mantém na internet. Dividiu-o em três pedaços: “explanação”, “explicação” e “denúncia”.
Quem lê a peça, disponível aqui, se dá conta de que o deputado-pastor acredita mesmo no que diz. Pior: ele atribui seu ideário ao Padre Eterno.
Escorando-se em trechos pinçados do Livro dos livros, Feliciano reitera:
“Bem, citando a Bíblia e a história, a veracidade sobre a postagem [no twitter]: Africanos descendem de Cão, filho de Noé”.
Mais adiante, acrescenta: “Como Cristãos, cremos em bençãos e, portanto, não podemos ignorar as maldições”.
A alturas tantas, o deputado faz uma concessão à gente negra da África:
“Também cremos que toda vez que o homem, a familia, o país, entrega os seus caminhos ao Senhor, toda maldição é quebrada na cruz de Cristo!...”
“...Tem ocorrido isso no continente africano. Milhares de africanos têm devotado sua vida a Deus e por isso o peso da maldição tem sido retirado...”
Na parte final de seu texto, o pedaço dedicado à “denúncia”, Feliciano se diz perseguido desde a campanha eleitoral de 2010.
A coisa começou, conta ele, quando apresentou “ao povo evangélico” as leis que tramitavam na Câmara.
Citou o projeto de lei 122, que criminaliza a homofobia. “Comecei a receber ataques, ameaças, xingamentos, e outras coisas mais que não vale a pena citar aqui”.
Feliciano apresenta suas credenciais: “Sou o deputado evangélico mais votado do País”.
O deputado identifica o rival: “No twitter existe um grupo de homoafetivos que deturpam tudo o que digo, e dessa vez foram longe demais!”
Ele faz um chamamento à sua tribo: “Alerta à comunidade evangélica! Estamos sob fogo cruzado!...”
“...É preciso uma ação coletiva de repúdio a esses ataques e a essas infames insinuações. Isso pode provocar o ódio, a cólera, a ira, e sabe Deus o que mais...”
“...Recebi uma mensagem de ameaça de morte dizendo que estou na lista ao lado de pastores como Silas Malafaia e outros”.
Em letras maísculas, o deputado anota: “NÃO SOU HOMOFÓBICO”. Heimmm?!?! “O que as pessoas fazem nos seus quartos não é do meu interesse...”
“...Sou contra a promiscuidade que fere os olhos de nossos filhos, quer seja na rua, nos impressos, na net ou na TV”.
De novo, em maísculas: “NÃO SOU RACISTA!" Como assim? "Sou Brasileiro com um sangue miscigenado por africanos, índios e europeus. SOU CRISTÃO, sim Senhor”.
No final, Feliciano pede “oração a todo o povo cristão brasileiro, os que lutam pela família, os que amam ao Senhor”.
Bolsonaro está sob risco. Se não se cuidar, perderá suas bandeiras. O colega Marco Feliciano revela-se um pós-Bolsonaro. Em verdade, um pós-tudo.
Espanta que esteja na Câmara. Espanta ainda mais que tenha sido levado a Brasília pelo voto.
Deus, obviamente, existe. Mas o deputado Feliciano é a prova de que Ele já não dá expediente integral. Não resta senão mimetizar Sua Excelência: Oremos, irmãos!
Fonte: blog do Josias 

Caiu Roger Agnelli da Vale do Rio Doce.

Liderados pelo fundo de pensão Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), os acionistas controladores da Vale indicaram o administrador de empresas Murilo Pinto de Oliveira Ferreira, 58, ex-diretor da mineradora, para presidir a companhia em substituição a Roger Agnelli, no cargo desde 2001.
A escolha surpreendeu o mercado. O nome mais cotado era o do atual diretor-executivo de Metais Básicos da companhia, Tito Martins --que, como publicou a Folha na semana passada, foi indicado para o posto pelo Bradesco, principal acionista que não sofre influência direta do governo.
O bloco de controle da Vale é formado por Previ (a maior acionista, com 49% do capital), Bradesco (21,21%), a trading japonesa Mitsui (18,24%) e BNDESpar (11,51%). Ou seja, 60,5% das ações estão na esfera de influência do governo.
Só que, para formalizar a troca de comando da mineradora, são necessários 75% dos votos, o que obrigou o governo a compor com o banco privado.
O Bradesco temia ingerência política na Vale e preferiu, por isso, indicar o nome de um executivo do primeiro escalão da empresa.
Ferreira, porém, contava com a simpatia da presidente Dilma Rousseff, a quem conheceu enquanto estava na Vale. Ferreira trabalhou na empresa de 1977 a 2008.
Teve contato com Dilma quando ela era ministra de Minas e Energia e ele presidia a então subsidiária Albras --produtora eletrointensiva de alumínio.
Na avaliação de representantes de um acionista da Vale, Ferreira terá um perfil mais de executor das decisões do Conselho de Administração, enfraquecido na atual gestão.
Agnelli, que fica no cargo até o fim do mandato em 21 de maio, descolou-se demais dos acionistas controladores e impôs uma visão muito própria da estratégia da empresa --como focar investimentos no exterior e em minério de ferro, e não siderurgia, como queria o Planalto.
Seu foco era o retorno ao investidor, mesmo que isso contrariasse o governo.
Em 2007, Ferreira assumiu a presidência da Vale Inco, subsidiária canadense de níquel, cujo processo de aquisição havia liderado um ano antes. Saiu em 2008 da Vale alegando problemas de saúde. Ferreira, porém, desentendeu-se com Agnelli, que queria uma gestão mais dura especialmente na área de recursos humanos.
O executivo foi sucedido na Inco justamente por Tito Martins, com quem disputou agora a presidência da mineradora. Ferreira desbancou ainda outro diretor-executivo da Vale, José Carlos Martins (Marketing e Vendas), que corria por fora. Os três nomes constavam da lista tríplice elaborada por uma consultoria internacional, formalidade exigida pelo acordo de acionistas.
Leia abaixo a íntegra do comunicado emitido pela Vale na noite desta segunda-feira:
A Vale S.A. (Vale) informa que após reunião prévia realizada hoje, os acionistas controladores da Valepar --Litel, Bradespar, BNDESpar, Mitsui e Elétron-- comunicaram à Vale a indicação de Murilo Pinto de Oliveira Ferreira para assumir o posto de Diretor Presidente da Vale, a partir de 22 de maio de 2011, após o término do mandato do atual Diretor Presidente, Roger Agnelli. A indicação ainda precisa ser aprovada pelo Conselho de Administração da Vale em reunião a ser convocada e realizada oportunamente.
Murilo Ferreira, 58 anos, é graduado em Administração de Empresas pela FGV-SP, pós-graduado em Administração e Finanças pela FGV-RJ e especialização em M&A pela IMD Business School, Lausanne, Suíça. Com mais de 30 anos de experiência no setor de mineração, Murilo Ferreira ingressou na Vale em 1998 como Diretor da Vale do Rio Doce Alumínio - Aluvale, atuando em diversos cargos executivos até sua saída em 2008, quando atuava como Presidente da Vale Inço (atual Vale Canadá) e Diretor Executivo de Níquel e Comercialização de Metais Base da Vale.
Murilo Ferreira foi indicado pelos acionistas controladores a partir de uma lista tríplice preparada por empresa internacional de seleção de executivos, em conformidade com as normas e o Estatuto da Valepar.
Nesta oportunidade, os acionistas da Valepar reiteram seu reconhecimento ao Roger Agnelli pelo sucesso na condução da Vale nesses últimos anos, contribuindo para que a Vale alcançasse a posição de destaque que desfruta atualmente, no País e no exterior.
Rio de Janeiro, 4 de abril de 2011
Guilherme Perboyre Cavalcanti
Diretor Executivo de Relações com Investidores

A neurótica segurança de Obama.

"Hoje temos medo de nós mesmos, das armas de destruição em massa, das guerras de grandíssima devastação que alguns paises centrais conduzem"
Muitos de nós, na América Latina sob as ditaduras militares, temos conhecido  o que significou a ideologia de segurança nacional. A segurança do Estado era o valor primeiro. Na verdade, tratava-se da segurança do  capital para que este continuasse com seus negócios e com sua lógica de acumulação, mais do que propriamente da segurança do Estado. Essa ideologia, no fundo, partia do pressuposto de que todo cidadão é um subversivo real ou potencial. Por isso, devia ser vigiado e eventualmente preso, interrogado e, se resistisse, torturado, às vezes até a morte. Destarte, romperam-se os laços de confiança sem os quais a sociedade perde seu sentido. Vivia-se sob um pesado manto de  desconfiança e de medo.

Digo tudo isso a propósito do aparato de segurança que cercou a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil. Ai funcionou em pleno a ideologia da segurança, não mais nacional, mas presidencial. Não se teve confiança na capacidade dos órgãos brasileiros de garantir a segurança do presidente. Acompanhou-o todo o aparato norte-americano de segurança. Vieram imensos  helicópteros de tamanho tão monstruoso que havia escassos lugares onde pudessem aterrissar. Limusines blindadas, soldados revestidos com tantos aparatos tecnológicos que mais pareciam máquinas de matar que pessoas humanas. Atiradores especiais colocados nos telhados e em lugares estratégicos junto com o pessoal da inteligência. Em cada canto por onde passaria a “corte imperial”, as ruas próximas, casas e lojas foram vigiadas e vistoriadas. Foi cancelado, por razões de segurança, o discurso previsto ao público, no centro do Rio, na Cinelândia. Os que foram convidados a ouvir seu discurso no Theatro Nacional tiveram que passar por minuciosa revista prévia.


O que revela semelhante cenário? Que estamos num mundo doente e desumano. Outrora, tinha-se medo de forças da natureza às quais estávamos entregues sem qualquer defesa, ou de demônios ameaçadores ou de deuses vingativos. Hoje temos medo de nós mesmos, das armas de destruição em massa, das guerras de grandíssima devastação que alguns paises centrais conduzem. Temos medo de assaltos na rua. Temos medo de subir os morros, onde vivem comunidades pobres. Temos medo até de crianças de rua que nos podem ameaçar. De que não temos medo?


Já os clássicos ensinavam que as leis, a organização do Estado e a ordem pública existem fundamentalmente para nos libertar do medo e podermos conviver pacificamente.


Formalizando o pensamento, podemos, em primeiro lugar, dizer que o medo pertence à nossa existência. Há quatro medos fundamentais: o medo de que nos tirem a individualidade e nos façam dependentes ou um mero número; o medo de que sejamos cortados das relações e sejamos castigados à solidão e ao isolamento; o medo diante de mudanças que podem afetar a profissão, a saúde e, no limite, a própria vida; o medo diante de realidades inevitáveis e definitivas como a morte. A forma como enfrentamos esses medos existenciais marcam nosso processo de individuação. Se o fazemos com coragem, superando dificuldades, crescemos. Se fugimos e somos omissos, acabamos enfraquecidos e até envergonhados.


Apesar de toda nossa ciência que nos cria a ilusão de onipotência, voltamos a ter medo da Terra e de suas forças. Quem controla o choque das placas tectônicas? Quem detém um terremoto e freia um tsunami? Somos nada face a tais energias incontroláveis, agravadas pelo aquecimento global.


O medo pertence, pois, à nossa condição humana. Ele se transforma em patologia e neurose quando se busca evitá-lo de tal forma que transtorna toda uma realidade social e faz do espaço uma espécie de campo de guerra, como foi montado pelas forças de segurança norte-americanas. Se um Presidente visita um país e seu povo, deve tomar em conta riscos que pertencem à vida. Caso contrário, as autoridades de ambos os lados melhor fariam encontrar-se num navio em alto mar, a salvo de medos e riscos.  As estratégias de segurança apenas revelam em que mundo vivemos: o ser humano tem medo de outro ser humano. Todos somos reféns do medo e por isso, sem liberdade e sem alegria de viver e de receber um visitante.

* Doutor em Teologia e Filosofia pela Universidade de Munique, nasceu em 1938. Foi um dos formuladores da “teologia da libertação”. Autor do livro Igreja: carisma e poder, de 1984, que sofreu um processo judicial no ex-Santo Oficio, em Roma, sob o cardeal Ratzinger. Participou da redação da Carta da Terra e é autor de mais de 80 livros nas várias áreas das ciências humanísticas.
Outros textos do colunista Leonardo Boff*

Congresso em Foco

Crônica de Luiz Fernando Veríssimo.

Aquela aurora

Em São Paulo acabam de fundar um partido que se declara nem de esquerda, nem de direita nem de centro. Um partido de nada, a favor de tudo, ou exclusivamente a favor de si mesmo.

Tudo bem. "Esquerda" e "direita" são termos obsoletos e "centro" hoje é sinônimo de PMDB, ou de uma nevoa ideológica.
O novo partido paulista não vem preencher um vácuo, vem institucionalizar o vácuo. Seu nome evoca o passado, quando o Getúlio, para não dizerem que o Brasil não era uma democracia, inventou dois partidos opostos, o PTB e o PSD. Justiça seja feita: o novo partido surge representando nada, mas com saudade de um tempo em que as siglas, mesmo falsas, significavam alguma coisa.
Bom mesmo era o século 19, quando tudo isso começou. Como no texto do Paulo Mendes Campos que fala das primeiras do Gênese, com "o mundo ainda úmido da criação", se poderia descrever com o mesmo encanto aquele outro inicio. Quando a História, por assim dizer, entrou na história e tudo recebia seus nomes verdadeiros. Uma segunda Criação. Hegel ainda quente, Marx lançando suas ideias explosivas como granadas, o passado e o futuro sendo redefinidos com rigor científico e a modernidade tecnológica e a modernidade social (ou, simplificando, a máquina a vapor e a nova consciência proletária) prestes a se fundir para transformar o mundo. "Bliss it was in that dawn to be alive", êxtase era estar vivo naquela aurora, escreveu o poeta Wordsworth sobre a Revolução Francesa.
A esquerda poderia dizer o mesmo do século 19. Naquela aurora não havia dúvida sobre a inevitabilidade histórica do socialismo.
Mas êxtase também espera a direita numa volta idílica ao século 19. Foi o século de reação à Revolução, da restauração conservadora na Europa depois do terremoto republicano e do nascente capitalismo industrial sem remorso. Os que hoje propõem a "flexibilização" dos direitos dos trabalhadores conquistados em anos de luta (como os que os ingleses defendiam nas ruas de Londres, há dias) babariam com o que veriam no velho século: homens, mulheres e crianças trabalhando 15 horas por dia, sem qualquer amparo, e sem qualquer encargo legal ou moral, fora os magros salários, para seus empregadores. A perfeição. Antes que a pregação socialista a estragasse.
Século 19, terra de sonhos. Tanto para a esquerda quanto para a direita, antes que tudo virasse um mingau só.

Gisely Mendes a estrela do Murinin

  Há 30 anos se inicia uma linda história de amor ao próximo,dado início pela saudosa Dona Alda Mendes,uma grande mulher guerreira que se fo...